Hoje é dia do jornalista. É uma data simbólica e muito especial pra mim, desde os tempos de “foca” – como são chamados os estudantes de jornalismo.
Já escrevi alguns textos aqui no blog comemorando essa data e essa profissão que é tão importante e fundamental na nossa sociedade e democracia. A verdade é que hoje não há muito a se comemorar.
Mas, em um tom nostálgico, eu vim contar o dia em que o jornalismo me encontrou.
Não que exista uma data concreta, aliás não tem. Mas o jornalismo sempre foi uma certeza pra mim, desde muito pequena.
A paixão pela comunicação, a curiosidade aguçada, o questionamento inquieto e o senso de justiça sempre fizeram parte de mim. Sempre.
Lembro como se fosse ontem, das vezes em que eu pegava as revistas da casa, apoiava no sofá, sentava no chão e “fingia” que estava apresentando o jornal da TV.
Não que TV alguma vez tivesse sido minha escolha, mas eu amava esse meu momento de âncora, antes mesmo de saber o que isso significava.
O meu mundo mesmo era dos textos. Me encantavam os livros, as revistas… eu amava me expressar por meio das palavras, e até hoje, é a maneira que eu melhor expresso meus sentimentos e pensamenTos…
Não demorou muito para que eu escrevesse meu primeiro texto: “A menina e a Rosa”, aos 7 anos.
Hoje ao ler, rio sozinha com tamanha criatividade e imaginação, mas na época, as pessoas ficavam chocadas que uma criança tão pequena tivesse pensando em tanta coisa. E pra mim, era simples, eu estava apenas colocando em palavras, os meus sentimentos.
Mais textos foram surgindo. Minha tia resolveu então fazer um caderno para que eu reunisse todos eles em um lugar seguro de recordação. Tenho esse livro até hoje.
Eu falava do jornalismo e sonhava com ele como gente grande. Quando me perguntavam ainda pequena, o que eu iria ser, dizia sem titubear: Jornalista!
Sempre foi uma das minhas certezas mais concretas e reais. Lembro da expectativa no ensino médio para a faculdade e o balde de água fria quando o diploma foi derrubado meses antes do vestibular.
Em choque, não sabia o que fazer, e mesmo quando pensei racionalmente em desistir do jornalismo, ele não desistiu de mim.
Com uma certeza de gente grande, lá fui eu para o primeiro dia naquele universo novo. Lembro do primeiro dia de aula, do primeiro texto, da primeira pauta.
Me lembro do estúdio, da redação e dos trabalhos de rádio. Lembro de tudo com o maior carinho desse mundo, e faltaria espaço pra contar sobre tudo.
Mas a verdade é que o jornalismo faz parte de mim, e eu tenho orgulho de cada passo trilhado nesse caminho.
Muitas vezes a vida tentou me afastar disso tudo, mas o jornalismo me encontrou e encontrou diversas vezes, em diversas formas.
Talvez, e só talvez, nossa relação ainda não tenha sido a que eu idealizei quando pequena. Mas aprendi a entender que o jornalismo se encontra em modos e meios diferentes e ressignifiquei isso.
Nesse dia do jornalista queria dizer sobre aquilo que faz o meu coração bater mais forte. Sempre foi assim. Aliás, eu tenho uma verdadeira paixão por essa profissão e por tudo o que ela representa e significa dentro da sociedade. E essa paixão é algo que nada, nem ninguém tira de nós.
Feliz dia para nós jornalistas! Que linda profissão nos escolheu! Resistimos e seguimos ♥️
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