Já se passaram duas semanas desde a primeira dose do Dupixent (a dose de ataque, com 2 injeções do medicamento) e um misto de emoções estão tomando conta de mim, confesso rs Essa semana estou indo para a segunda dose, mais uma etapa a ser concluída. Essa luta contra a dermatite atópica não é fácil, mas estou cheia de esperança.
Primeiras impressões: o tratamento com o Dupixent
Eu contei aqui no blog como surgiu a oportunidade de iniciar o tratamento com esse medicamento super revolucionário – Dupixent -que tem sido uma esperança gigante de melhora na qualidade de vida dos atópicos. É uma possibilidade muito significativa e que por isso vale a pena ser enfrentada.
Nem por isso, significa que seja fácil. Alguns efeitos colaterais acompanham o tratamento. Eu por exemplo, nessas duas semanas senti mal estar, dor de cabeça e sono, muito sono. Nada que já não soubesse que podia acontecer, mas ainda assim, a gente tem que ser forte pra enfrentar.
A ansiedade é outra coisa que acaba com a gente. Inevitavelmente a gente fica ansioso pra ver o resultado logo e também receoso pelas reações. Posso dizer que já consigo ver uma pequena – mas muito significativa – melhora na pele.
O problema agora é controlar a ansiedade, que pode atrapalhar todo o o tratamento se não estiver controlada. Tenho tentado ao máximo me afastar do stress, da ansiedade e tentando controlar as minhas expectativas, para que os resultados sejam os melhores possíveis.
Tenho ouvido muitos relatos de outros atópicos que estão em tratamento. Muitos com uma melhora muito significativa, outros nem tanto. A real é que cada organismo reage de um jeito, e quando a gente “embarca” nesse desafio, a gente sabe que pode dar tanto certo, como errado também. Mas de maneira geral, eu tenho visto melhoras que me motivam a confiar ainda mais.
Ainda não consegui processar muito bem tudo o que tem acontecido, e da maneira que tem acontecido. Só sei que estou feliz, e muito… mas muito esperançosa.
Vou atualizando vocês sobre o tratamento. Ahh… e se eu puder deixar um conselho para os atópicos que estão lendo: não desistam! Eu esperei 27 anos por essa “luz no fim do túnel”, e agora, só de enxergar – lá bem distante – essa possibilidade de melhora, meu coração se enche de gratidão e meus olhos não conseguem segurar as lágrimas rs Só quem passa, sabe bem o que eu estou falando. Por isso, não desistam!
Sobre a Dermatite Atópica
Dermatite Atópica é uma doença inflamatória e crônica da pele, que até o momento não tem cura. É importante dizer que ela NÃO é contagiosa. Mas ainda assim, muito preconceito e desinformação cercam essa doença.
Alguns dos seus principais sintomas estão a coceira intensa e desestabilizadora, além de vermelhidão e lesões.
Essas lesões podem tomar conta de boa parte do corpo, e a Dermatite reage a uma série de fatores, como mudanças climáticas, alguns tipos de alimentos e stress emocional.
A D.A (como é conhecida) faz parte da Tríade Atópica – Asma, Rinite e Dermatite – e quem é alérgico pode ter uma ou todas as doenças da Tríade. Descoberta ainda na infância, a Dermatite Atópica pode ser uma doença incapacitante nos casos moderados e graves.
Além dos sintomas exacerbados, o atópico precisa lidar com a ansiedade e a depressão que atingem mais da metade dos casos. A D.A afeta autoestima, relacionamentos interpessoais, rotina de trabalhos e estudos, além de atrapalhar o sono diário.
O tratamento de controle é feito basicamente com anti-histamínicos, pomadas, cremes e por último corticoide e imunossupressores nos casos mais graves da doença. Mais recentemente está o Dupixent. O imunobiológico tem sido uma grande e positiva alternativa para trazer ainda mais qualidade de vida nos casos mais graves da doença.
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