Diário da D.A: o maior desafio depois do dupixent

Já tem alguns meses que eu compartilho com vocês aqui no Diário da D.A, como tem sido a minha luta com a dermatite atópica e o tratamento com o Dupixent. O resultado desse medicamento foi extremamente positivo para mim, em muitos aspectos: físico, mental e emocional. Mas depois do Dupixent, eu tenho vivido o meu maior desafio pós tratamento.

Terminei a primeira parte do tratamento em março, e já se passaram quase 3 meses desde então. Lembro que minha última aplicação pelo “Programa Viva”, aconteceu uma semana antes de iniciar a quarentena. Parece uma loucura como as datas se encaixaram, e eu consegui terminar o tratamento antes de tudo isso, até mesmo pela minha saúde.

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Na época, eu estava muito apreensiva, preocupada. As doses de Dupixent, desde o ano passado promoveram uma verdadeira mudança em mim, e agora ficar sem o remédio me causava muito medo: será que tudo vai voltar ao que era antes? Será que eu vou piorar de novo? Só conseguia pensar que eu não ia aguentar passar por tudo de novo. Antes do Dupixent, vivi meses muito difíceis, de choro, noites em claro, dor e muitas lesões.

Tomei muitos remédios, gastei muito com isso, enfim, em 2019 eu estava no meu limite, à base de anti-histamínico e corticóide. Não queria voltar pra isso. E compartilho aqui esse período, porque sei que muitos atópicos passam por isso, e a gente se sente sozinho nesse mundo. Parece que mais ninguém nesse mundo sofre o que a gente sofre né? Eu te entendo.

O maior desafio depois do Dupixent, não é a D.A

E aí então veio a última dose. Depois disso, passei as 2 semanas seguintes, que geralmente são intervalos do medicamento, pensando como meu organismo reagiria depois que esse prazo acabasse. Foi angustiante sim, mas segui confiante.

Vale aqui destacar, que o Dupixent não é promessa de cura da dermatite atópica, mas sim, uma melhora significativa do quadro e uma qualidade de vida muito maior. Hoje, 3 meses depois, posso dizer que estou muito bem, algumas poucas lesões ou crises que eu tenha tido nesse período, com certeza não se comparam com o que eu vivi em 27 anos.

Hoje a minha dermatite está controlada. Eu consigo sentir isso, e enxergar também. A pele ainda permanece hidratada naturalmente, e as lesões não voltaram. Acredito que o maior desafio depois do Dupixent é conseguir controlar a ansiedade, o estado emocional. Nós sabemos que a parte emocional interfere diretamente na Dermatite Atópica, então, se manter estável, é um grande desafio. Principalmente, diante da situação que vivemos esse ano, pandemia, isolamento, mudança de rotina…enfim, esse tem sido o meu maior desafio:controlar a ansiedade.Ainda assim, eu tenho sentido que dentro de todas as circunstâncias e possibilidades, eu estou bem.

Pretendo sim, depois que tudo isso passar, voltar a correr atrás do meu tratamento. Sabemos que o Dupixent é um medicamento a ser utilizado a longo prazo, e apesar de eu estar muito bem, sei que posso melhorar ainda mais.

Eu sei que não existe fórmula perfeita, e os tratamentos para a dermatite atópica reagem de maneiras diferentes em cada organismo. Mas a experiência que eu tive com o Dupixent foi tão, mas tão positiva, que valeu à pena tudo o que eu passei no período. Não é um tratamento fácil, mas sem dúvida, ressignificou muitas coisas pra mim. Hoje, a dermatite atópica já não é mais, o meu maior desafio, pelo menos por enquanto. E por isso, vivo um dia de cada vez e segurando a ansiedade.


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Comentários

5 Comentários

  • Talita
    11/04/2021

    Amanhã meu filho de 10 anos vai receber a primeira aplicação. Um misto de sentimentos aqui em casa. Ansiedade…

    • Juliana Sousa
      Talita
      11/04/2021

      Oii Talita, que boa notícia! Entendo esse misto de sentimentos… desejo muito sucesso nesse tratamento! Boa sorte! ♥️ Beijos

  • Taisa
    25/05/2021

    Depois de todo esse tempo sua DA continua controlada sem o remédio?

  • Um update da vida depois do dupixent! - Conceito It
    26/05/2021

    […] e ainda não se pode apontar respostas tão conclusivas e distantes como essas, sabe? E esse era o meu maior medo e desafio depois que eu parei o tratamento: como vai ser tudo isso? Bom, já se passou um ano e estamos aqui. […]

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