Oieeeee, tudo bem com vocês? Faz um tempo que eu não apareço por aqui pra falar sobre a dermatite atópica e sobre o Dupixent, né? Pois bem, apareci agora e vou contar tudinho! Esse é um assunto que nunca é fácil de falar – quem é atópico me entende – mas o retorno que eu tenho é tão especial, sobre pessoas que me acompanham, que se identificam e que eu pude ajudar de alguma forma e puxa, isso é tão gratificante. É por isso que eu sempre volto para falar de dermatite atópica, porque essa representatividade importa e é bom saber que não somos os únicos que enfrentamos a doença.
O tratamento com o Dupixent
Hoje, eu tenho coisas boas pra contar, vim dar um update sobre a minha vida depois do Dupixent. Pra quem tá chegando agora, esse é um tratamento com imunobiológico, indicado para casos moderados e graves de D.A. O dupixent atua diretamente nos mecanismos que causam a inflamação da pele. Eu fiz o início do tratamento pelo Programa Viva, iniciativa da Sanofi. Eu contei tudo sobre esse processo aqui no blog e vocês podem acompanhar os detalhes do período de tratamento.
Não é a cura da dermatite atópica em si, mas uma melhora na qualidade de vida do atópico. É importante lembrar também que cada organismo reage de um jeito, e o tratamento apresenta diferentes respostas. Como vocês sabem, meu tratamento teve um resultado superpositivo, e me trouxe uma melhora muito significativa. Agora, depois de mais de 1 ano que eu parei o tratamento, vim contar pra vocês tudo o que tem acontecido.
update
Nas últimas semanas foi período de consulta com a minha médica, exames e ajustes para acompanhar tudo e como eu fico feliz em dizer que estou muito bem. Mesmo depois desse período de 1 ano e 2 meses sem o dupixent, eu continuo bem e minha pele reage bem a essa minha nova realidade. A minha mudança física, mental e emocional depois do tratamento é enorme, e eu sou muito grata por isso.
O tratamento não foi fácil, tive alguns efeitos colaterais durante o período, porém foi surreal ver a minha pele de uma maneira que eu nunca tinha visto: bem, saudável, com a D.A controlada.
Hoje, algumas pequenas lesões ainda aparecem algumas vezes e precisam de cuidado, mas nada que se compare – ou chegue perto – ao que eu vivi antes do tratamento. É necessário entender que a Dermatite Atópica é uma doença crônica, sendo assim, ela não tem cura. Ela nunca desaparece 100%, mas ter a D.A sob controle é o que nos proporciona uma qualidade de vida “quase normal”.
Entender e aceitar a D.A
Os cuidados permanecem os mesmos, boa alimentação, garrafinha de água sempre a postos, hidratação constante da pele, atividade física, fugir do stress (ou pelo menos tentar) e claro, o meu anti-histamínico de sempre. A dermatite atópica é uma realidade que eu precisei aceitar e encarar na minha vida. Nem sempre é fácil, nem todos os dias eu consigo assimilar isso dessa maneira tão clara e tranquila, mas a verdade é que essa vida pós dupixent tem me ajudado muito nesse ciclo.
É difícil afirmar sobre como o meu organismo vai reagir sem o dupixent, e nem dizer por quantos meses ou anos eu vou ficar bem. Pode ser pra sempre, pode ser por um tempo limitado. É um tratamento novo, e ainda não se pode apontar respostas tão conclusivas e distantes como essas, sabe? E esse era o meu maior medo e desafio depois que eu parei o tratamento: como vai ser tudo isso? Bom, já se passou um ano e estamos aqui. Decidi viver um dia de cada vez, entender e respeitar o meu corpo e fazer o que estiver ao meu alcance para manter essa qualidade de vida que tenho hoje.
O meu sonho é que esse tratamento esteja ao nosso alcance de maneira acessível e prolongada, e se eu conseguir, com certeza darei continuidade. Enquanto isso, fico por aqui já muito grata por essa experiência, por essa melhora tão significativa e por poder compartilhar com vocês um pouquinho da vida com a D.A.
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