São Paulo

Hering e Bazaar lançam movimento contra sexismo na moda

Muito provavelmente você ouviu sobre a campanha que tem rolado na internet e que tem dividido opiniões. A Hering e a Bazaar se uniram e lançaram um movimento contra os termos sexistas no mundo da moda. Pode parecer pouco, mas por outro lado, é fundamental ter essa percepção, seguida de uma mudança de atitude.

O movimento ganhou força aproveitando o mês de março – que celebra e reforça a luta feminina. A proposta é uma revisão de alguns termos do mundo da moda, que possuem uma conotação totalmente sexista. O exemplo mais recente e comentado é o termo “tomara que caia”. A proposta da marca, é que a peça passe a ser chamada de “blusa sem alça”, assim como já é chamada em vários outros países. Ou seja, abolir o termo “tomara que caia” do mundo fashion.

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Blusa sem alça: Hering e Bazaar no movimento contra o sexismo

A campanha que tem tomado conta das redes sociais com a hashtag #blusasemalca, tem como principal objetivo levantar o debate saudável e propor a mudança como um todo. São pequenos “termos” como esse, que não podem ser mais tolerados e em uma sociedade desconstruída e consciente, pela qual lutamos, não há espaço para tal.

Pensando nisso, a Hering vai lançar um modelo exclusivo e em edição limitada, de uma blusa sem alça no dia 08 de março, dia internacional da mulher. Todo o lucro da peça, que estará disponível no site da marca, será revertido para a ONG Bem Querer Mulher, que com apoio da ONU Mulheres, luta para combater a violência contra a mulher.

A ação foi anunciada durante um evento promovido pela Hering em conjunto com a revista Hapeers Bazaar no dia 03/03 em São Paulo, que reuniu influencers e profissionais da moda para um bate-papo sobre dois temas: “Liberdade é básico” e “Moda Empodera”.

Divulgação/Fernanda Souza

De mesmo modo, a capa da Bazaar deste mês, tem como capa a atriz Mariana Ximenes, vestindo a peça lançada. A atriz que é apoiadora da causa, postou no seu instagram sobre o orgulho de fazer parte dessa campanha.

E vale lembrar, que essa é apenas a primeira das ações que a Hering vai promover ao longo de 2020, dentro da campanha “Liberdade é Básico”, criada pela agência AlmapBBPO para a Hering. O objetivo é construir uma plataforma que produza conteúdos conscientes, que abordem liberdade e empoderamento feminino. A ideia é incrível!

Outros termos sexistas no mundo da moda

O sexismo não pára no “tomara que caia”, muito pelo contrário. Outros termos usados comumente no mundo da moda, escancaram um vocabulário cheio de machismo, que insiste em tentar atingir a nós, mulheres. “BabyDoll”, por exemplo, teve sua origem no filme de mesmo nome, em 1956. A peça faz alusão a uma mulher infantilizada.

Uma outra peça com nome duvidoso é a camiseta branca regata masculina, conhecida popularmente como “Wife Beater”, traduzido por espancador de mulher. Uma outra expressão muito utilizada é “fuck me pumps” ou scarpin me f***, para exemplificar o tipo de salto alto que é capaz de empinar o bumbum da mulher.

Aliás, são inúmeras expressões, que precisam urgentemente ser revistas. Mesmo que para muitos, essas mudanças beirem ao exagero, muitos linguistas e acadêmicos passaram a analisar esses termos de outro modo. Afinal, é inegável, todos eles são de origem sexista.


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